Distribuidoras elevam o preço da gasolina
Para enfrentar a concorrência de importados diante do sobe e desce diário do preço do petróleo internacional, a Petrobras decidiu também elevar ou reduzir preços quase diariamente. Isso dificultou ainda mais avida dos consumidores e dos postos, porque as distribuidoras de combustíveis estão praticando uma política de preços que atende somente aos interesses próprios.Quem alerta é o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis). Segundo a entidade, quando a Petrobras reajusta os preços, as distribuidoras repassam imediatamente, mas quando cai, elas demoram dias para reduzir, ou não mudam ou fazem um corte bem menor do que o realizado pela estatal de petróleo.
O caso de ontem indignou o presidente do Sindópolis, Valmir Espíndola. A Petrobras elevou a gasolina em 5,1% e, no mesmo dia, as distribuidoras já vieram como preço novo. Mas quando houve redução do preço do combustível há poucos dias,elas fizeram apenas um corte parcial no valor aos postos, e ainda assim só dias depois da alta nacional.
- Enquanto a pressão não for feita sobre quem de fato determina os preços dos combustíveis, nada vai mudar - lamentou Espíndola.
Hoje entra em vigor mais uma alta na gasolina, determinada pela Petrobras, de 1,9%. O presidente do Sindópolis pediu mais rigor na fiscalização sobre as distribuidoras.
- O consumidor que acompanha a imprensa sabe que nunca deixamos de explicar à sociedade os motivos dos reajustes, de forma transparente. Agora,quem já viu ou ouviu algum representante de distribuidora sair a público para falar? Alguém já ouviu alguma resposta delas sobre por que têm um dos maiores lucros por litro do mundo? - desabafou o empresário.
Segundo ele, 48,91% do valor pago pelo consumidor são impostos e nos últimos dois anos 19 postos fecharam na Grande Florianópolis. Quem está bem são as distribuidoras. Na atual composição de preços da gasolina,o total de ICMS está perto de R$ 1 por litro, os demais são impostos federais.